sábado, outubro 23

Não, não negocio!

Sou uma pessoa bem flexível, às vezes, até exageradamente, mas acredito que é assim que as coisas realmente tendem a funcionar. Não adianta querer mudar tudo à sua volta, mas adaptá-las para melhor lidar.
O problema é quando as coisas a minha volta estão tão erradas que não consigo fechar os olhos e simplesmente passar por cima.
Morar no interior nos deixa muito próximo a muitos mundos e, isso é o mais difícil.
Essa semana o "Estado" retirou de uma mãe, 4 ou 5 de seus filhos, dois dele porque a mulher colocou fogo na casa com eles dentro, e os outros pelo perigo que corriam. A mais nova tem menos de dois anos de idade.
Todos eles foram para o abrigo da cidade, o CEBEM (Centro de Bem-Estar do Menor), mas este nome é tão contraditório, como "bem-estar" se os pobrezinhos estarão fora de casa, com pessoas estranhas, em camas estranhas?
Um deles foge todos os dias, fica perambulando pela cidade, mas como julgá-lo se ele veio ao mundo sem querer (pelo menos não na visão espiritual).
Será que não é mais fácil criar projetos de saúde pública que previnam essa calamidade? Até porque já estamos cansados de saber que a grande maioria da população de baixa renda não sabe e/ou não quer utilizar meios de proteção, como pílula ou camisinha. Que esse tão poderoso "Estado" os obrigue então a se proteger, que crie meios de preservar que mais crianças nasçam apenas pelo prazer de cidadãos vítimas do maior mal da humanidade, a ignorância.

Ou vão continuar achando que é mais fácil abrigar?

Um comentário:

Guilherme Póvoas disse...

Então tá, né? Julica falou, tá falado. Beijo.

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