Sò nas "Lavra"

Certo dia, em um momento brilhante de minha vida de jornalista, tive o prazer de entrevistar o ator lavrense Paulo José Gomez de Souza.

Ele, em férias, eu aproveitando uma grande oportunidade. Ele, um doce, eu faceira.

Não é que nos tornamos amigos e companheiros por todos os dias em que ele esteve em Lavras, descansando.

A entrevista foi um grande bate papo, uma aula de cultura e de história, o cara conta com detalhes todos os anos que morou por aqui. Sem dúvida, a coisa mais bacana disso, é que ele brinca o tempo todo com o modo de se falar por aqui, não tirando sarro, mas admirando este mundo que ele considera tão dele.

"Só nas "Lavra" que se fala assim, essa região é muito simples e o modo de falar também", comenta Paulo.

E é mesmo, quem vier à Lavras do Sul venha preparado para conhecer uma linguagem toda daqui, especialíssima, cheia de gírias e de criações criativas para as palavras da língua brasileira.

Só pra sentir:

- teje (esteja)

- seje (seja)

- finado (muitos lugares usam, e eu acho um sarro). Ex.: tu é neta do "finado" tal...

Enfim, me lembrando outras vou postando.

Ah! A imagem é uma paisagem da localidade do Cerro Branco, propriedade da família Souza.